01/08/08

Santa Teresa do Menino Jesus

Estamos em Alençon (França), corria o ano 1873 quando a 2 de Janeiro numa quinta-feira desse mesmo ano nasce Maria Francisca Teresa Martin, filha do ourives Luis José Estanislau Martin e da artesã Zélie Guéri Martin era a nona filha do casal, tendo sido baptizada no dia seguinte na Igreja de Nossa Senhora.





Quando nasceu, era muito franzina e doente. Desde o nascimento exigia muitos cuidados. Desde cedo, revelava-se marcada pelo senso de amor, pelo semblante de serenidade e pelo contentamento de sua alma com a grandeza de Deus.


Adorava fazer altares e aos dois anos já pensava na ideia de ser religiosa, para a alegria de sua mãe, mas para o desconsolo de seu tio Isidore Guérin (seu futuro tutor sub-rogado).


Sua mãe estava doente (cancro) e a 28 de Agosto de 1877 acaba por falecer, e por essa altura que toda a família se muda para Lisieux.


A 3 de Outubro de 1881 entra para ser aluna na Abadia das Beneditinas de Lisieux, e lá permaneceu por cinco anos, porém após sofrer muitas humilhações e também ter adoecido, saiu de lá e passou a receber aulas particulares em casa da Senhora Papinau.



Quase ao completar 14 anos, no Natal de 1886, Teresa passa por uma experiência que chamou de "Noite da minha conversão".


Ao volta de missa e enquanto procurava os seus presentes, percebe que o pai se aborrece por ela apresentar comportamento infantil.


A menina decide então a renunciar a infância e toma o acontecido como um sinal inspirador de força e coragem para o futuro.


É então que apenas com 14 anos, Teresa decide que quer entrar para o Carmelo de Lisieux. Por isso, é carinhosamente chamada de Teresinha de Lisieux - (Ordem das Carmelitas Descalças).


Mas havia um problema, a tenra idade não permitia que ela entrasse para o Carmelo, é então levada pelos familiares, a 20 de Novembro de 1887, para uma audiência com o Papa Leão XVIII, em Roma, para lhe pedirem uma excepção.


Em Abril do ano seguinte é concedida a autorização, e no 9º dia desse mesmo mês com apenas 15 anos e 3 meses entra para o Carmelo tomando o nome de Teresa do Menino Jesus.


No ano seguinte em 1889 do dia 10 de Janeiro, Teresa após a cerimónia presidida por D. Flaviano Hugonin, veste o hábito de Carmelita Descalça, levando dai para a frente a sua vida em devoção a Deus como tanto ansiara.

Após um ano Teresa faz a sua Profissão em clausura e meses mais tarde a Cerimónia pública da Profissão Solene e passa a usar o véu negro.


Os anos vão passando e a 2 de Janeiro de 1894, Teresa cumpre 20 anos, mas nesse mesmo ano seu pai morre, então com tristeza de tal acontecimento e como forma de se aproximar mais dos seus entes queridos, começa a escrever as suas recordações da infância, descobrindo «o caminho da infância espiritual», tendo sido autorizada pela Rev. Madre Inês de Jesus.

No mesmo dia do ano seguinte, Teresa redige o Manuscrito A e interpreta na sua segunda peça de teatro o papel de Joana d’Arc.

Primeira crise de hemoptise (tuberculose), surge na noite do dia 2 de Abril de 1896, a partir de então começa uma prova interior de tentações contra a fé e a esperança que durará até a sua morte. Em Setembro desse mesmo ano, Teresa redige o Manuscrito B (cartas para a Irmã Maria do Sagrado Coração. «A minha vocação é o amor!»).





Chega o ano de 1897, Teresa está cada vez mais doente, mas mesmo assim ainda redige o Manuscrito C. Devido ao seu estado é tirada da cela conventual e levada para a enfermaria conventual, recebendo então a Unção dos Enfermos.




No dia 30 de Setembro com apenas 24 anos de idade e 9 anos de convento, pelas 19:30 após grande e longa agonia acaba por falecer num êxtase de Amor…tendo sido sepultada a 4 de Outubro foi sepultada no cemitério de Lisieux.







A sua obediência era a prova de que se fazia a menor entre as menores. A sua irmã, Paulina, também carmelita, publicou em 1898 os escritos autobiográficos de Santa Teresinha, intitulados "História de uma alma".


No dia 17 de Maio de 1925, Teresinha foi canonizada pelo Papa Pio XI. O mesmo Papa a declara Patrona Universal das Missões Católicas em 14 de Dezembro 1927. Por ocasião da celebração do Centenário de sua morte, em 19 de Outubro de 1997, o Papa João Paulo II a declarou “Doutora da Igreja”.


Também Luis José Estanislau Martin e Zélie Guéri Martin, pais de Santa Teresa de Lisieux, poderão ser em breve declarados beatos.

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